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A Rússia Czarista


Entre o fim do século XIX e o início do XX, a Rússia constituía uma monarquia de direito divino , em que um imperador , o Czar, como o apoio da nobreza , governava uma massa de camponeses em situação deplorável. Desse Império, faziam parte múltiplas nacionalidades não russas . Essa sociedade , essencialmente agrária, sofreu os primeiros impactos da industrialização , promovida com capital estrangeiro. A partir de 1880 , lideranças operárias e intelectuais russas estabeleceram contato com o socialismo , o anarquismo , e o marxismo. Diante da exploração dos trabalhadores , eclodiram as primeiras  greves. Em 1898, foi fundado o Partido Operário Social-Democrata Russo . Seus integrantes logo se dividiram em mencheviques (minoria), moderados e bolcheviques (maioria). Estes eram liderados por Vladimir Illitch Ulianov (1870-1924), intelectual russo mais conhecido como Lenin , o qual defendia a possibilidades de uma revolução proletária , mesmo na Rússia agrária, que derrubasse o governo autoritária. Embora as lideranças socialistas europeias não esperassem uma revolução socialista na Rússia - Por conta de seu atraso no desenvolvimento industrial -, os bolcheviques eram conhecidos e admirados por sua organização centralizada e disciplinada e por seu espírito de luta e abnegação. Em 1905 , a derrota russa na guerra contra o Japão enfraqueceu o regime czarista. Daí segui-se a "Revolução de 1905", uma onda de greves , rebeliões e reivindicações nacionalistas. A repressão foi violenta. Durante o Domingo Sangrento , em São Petersburgo , centenas de pessoas foram presas e exiladas . Nesse momento , surgiram os sovietes - conselhos de operários e soldados. Mesmo reprimido , o descontentamento com o governo autoritário crescia.