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Migração Forçada Ou Tráfico Humano


O século XXI registra ainda casos de migrações forçadas e escravidão: são grupos de pessoas deslocados de seus países e submetidos a trabalhos forçados em fábricas, fazendas, residências (séricos domésticos). As mulheres e meninas estão mais vulneráveis a esse tipo de migração, pois, devido à falta de oportunidade de trabalho e de estudo em seus países , costumam migrar influenciadas por quadrilhas especializadas em tráfico humano, que cobram pelo serviço . Aliciadas com perspectivas de melhores oportunidades de vida, são vendidas e forçadas a trabalhar sem remuneração assim que chegam ao novo país. Tornam-se escravas , seja por meio de mecanismos de endividamento com os traficantes, os quais nunca poderão ser pagos , seja por meio de torturas, ameaças e confisco de passaportes. Esses mecanismos de endividamento também são utilizados com grupos de homens imigrantes. De acordo com o Serviço de Investigação de Congresso dos Estados Unidos, o tráfico de pessoas ocupa hoje a terceira fonte de renda do crime organizado, perdendo apenas para o tráfico de drogas e de armas.  Os Estados Unidos , país que mais recebeu imigrantes em todo o mundo e em toda a história. É formado pela diversidade de povos de origem européia (preponderante) , asiática, africana e diversos grupos indígenas autóctones. Nas ultimas décadas , os latino-americanos vêm sendo os responsáveis pelo maior volume de migrantes que vivem hoje no país. Segundo Relatório da ONU, de 2002, os Estados Unidos são o país que tem a maior quantidade de estrangeiros: mais de 40 milhões- equivalentes á metade da população da Alemanha , país mais populoso da União Européia. A legislação atual dos Estados Unidos é extremamente restritiva à entrada de imigrantes.
Os consulados norte-americanos têm sido mais rigorosos na concessão de vistos de entrada aos latino-americanos, africanos e asiáticos que desejam visitar o país. Juntando-se os 600 mil imigrantes que entram legalmente todo o ano aos cerca de 500 mil que entram ilegalmente, mais de 1 milhão de pessoas , das mais diferentes nacionalidades , são acrescidas anualmente à população norte-americana. Entre os imigrantes clandestinos , destacam-se os “braceros”, COMO SÃO CHAMADOS OS MEXICANOS QUE INGRESSAM ILEGALMENTE no pais e ocupam postos de trabalho pouco qualificados. Pra conter esse fluxo, o policiamento da fronteira entre o México e os Estados Unidos foi reforçado na década de 1980 – muitos migrantes de outros países latino-americanos costumavam utilizá-la para entrar clandestinamente em solo norte-americano. Hoje , essa fronteira encontra-se cercada por muros e grades , além de dispor de torres de vigilância. O Nafta – acordo comercial entre Estados Unidos , Canadá e México – apresenta determinações bastante contundentes na restrição á entrada de mexicanos no território norte-americano. A partir da década de 1990 , os Estados Unidos começaram a receber grande número de imigrantes cubanos. A crise que envolveu a extinta URSS e os países do Leste europeu , no final dos anos 1980, teve reflexos imediatos na economia cubana. Cuba perdeu o mercado preferencial – representado pelos países socialistas – de seus produtos de exportação, como açúcar e fumo, além da ajuda financeira anual que recebia da URSS . Além disso, a manutenção do embargo econômico norte-americano, imposto a Cuba desde o início de 1960, colocou a economia cubana num beco sem saída. Nos primeiros anos que se seguiram à Revolução de 1959, Cuba havia fornecido um grande número de refugiados políticos aos Estados Unidos. A partir da década de 1990, aqueles que não suportavam a escassez gerada pela crise que não suportavam a escassez gerada pela crise econômica  procuraram deixar o país , e muitos se dirigiram para o território norte-americano. Milhares de pessoas saíram da ilha, em pequenos barcos, em direção à península da Flórida. Devido á precariedade das embarcações usadas na fuga, muitos não sobreviveram. Esses migrantes , surgidos da crise econômica cubana, ficaram mundialmente conhecidos por “balseros”.