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Os Anos do "Milagre Econômico"


O período entre 1969 e 1973 , durante o governo de Emílio Garrastazu Médici, ficou conhecido como os anos do 'Milagre Brasileiro" , quando o PIB atingiu médias anuais de crescimento superiores a 10% ao ano. O "milagre" foi possível devido ` à conjuntura favorável no exterior, com muitos recursos financeiros disponíveis nos países desenvolvidos , à relativa expansão do mercado interno e à possibilidade de tomar grandes  empréstimos externos para promoção do desenvolvimento econômico. Por um lado, a economia cresceu e os salários da classe média elevaram-se , embora numa proporção inferior às taxas de crescimento.
Houve também uma ampliação do sistema de crédito ao consumidor. Por outro lado, o operário industrial e os mais pobres conviveram, durante esse período, com uma política do arrocho salarial, que visava conter os gastos com a mão-de-obra, para elevar as taxas de lucro e atrair investimentos de empresas multinacionais. Ao mesmo tempo em que o mercado interno foi fortalecido , as exportações cresceram em valor e variedade de produtos. Ainda nos anos 1970, o aumento nos juros internacionais , a má gestão do dinheiro captado no exterior e a incapacidade de o governo brasileiro saldar seus compromissos externos com recursos internos levaram a uma ampliação significativa da dívida externa: entre 1970 e 1984, seu valor saltou de 5 bilhões de dólares para 90 bilhões .

O período entre  a segunda metade dos anos 1970 e a década de 1980 foi marcado não só por esse crescimento da dívida externa , mas também pela diminuição dos investimentos estrangeiros, pela elevação nos gastos com a importação de petróleo e pela queda nos preços e de diversas matérias-primas agrícolas e minerais exportadas pelo Brasil. Além disso, nessa época eram altos os índices  de inflação  de desemprego e baixos os níveis de crescimento do PIB. Esse quadro levou os níveis de crescimento do PIB. Esse quadro levou ao esgotamento do modelo desenvolvimentista  baseado, entre outros fatores, no financiamento externo externo e no investimento estatal nos setores produtivos.

  • Fonte: Geografia Geral e do Brasil - Página : 107-108 (Elian Alabi Lucci, Anselmo Lazaro Branco, Claudio Mendonça)